O ex-atacante Marcelo Moreno surpreendeu ao eleger o goleiro Fábio como o maior ídolo da história do Cruzeiro. A declaração foi feita durante entrevista ao podcast “Um Assado para…“, do jornalista Duda Garbi.
Moreno relembrou os anos difíceis de 2020 e 2021, quando o Cruzeiro enfrentava grave crise financeira. Segundo ele, apenas os jogadores verdadeiramente identificados com a Raposa permaneceram na Toca II.
O ex-atacante elogiou nominalmente Rafael Sobis, Léo, Ariel Cabral e Henrique, além de fazer uma reverência a Fábio, que só deixou o clube em 2022 por decisão de Ronaldo Fenômeno, então dono de 90% das ações da SAF celeste.
“Eu tiro o chapéu para quem ficou e para quem voltou, o Sobis voltou no segundo ano, pelo menos ele voltou e teve carinho e amor pelo Cruzeiro. Felipão e Luxemburgo [voltaram]. O Fábio ficou lá, é o maior ídolo da história o Fábio. O Léo, o Ariel Cabral, o Henrique, a gente tinha jogadores que amavam o clube, porque não tem outra lógica para fazer tudo que a gente fez e ajudar o Cruzeiro a pagar contas, ajudando funcionários que não recebiam há cinco meses”, disse Moreno.
Depois de uma saída polêmica do Cruzeiro, Fábio se tornou rapidamente ídolo no Fluminense. Em 2023, o goleiro foi peça fundamental na inédita conquista da Copa Libertadores pelo Tricolor.
Depois disso, Fábio foi convidado pelo empresário Pedro Lourenço, hoje dono de 90% das ações da SAF da Raposa, a voltar ao Cruzeiro, mas tinha vínculo com o Fluminense e preferiu cumprir o contrato.
Fábio é o jogador com o maior número de atuações na história do Cruzeiro, somando 976 jogos (sendo 953 oficiais). Em sua vitoriosa passagem pelo clube mineiro, ele foi bicampeão brasileiro (2013 e 2014), tricampeão da Copa do Brasil (2000, 2017 e 2018) e heptacampeão mineiro (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019).
Marcelo Moreno no Cruzeiro
Marcelo Moreno teve três passagens pelo Cruzeiro. Na primeira, de 2007 a 2008, conquistou o Campeonato Mineiro (2008) e foi artilheiro da Copa Libertadores (oito gols).
Na segunda, em 2014, venceu novamente o estadual e também o Brasileirão – terminou empatado com Ricardo Goulart na terceira posição entre os melhores marcadores do campeonato (15 gols).
Por fim, de 2020 a 2021, lidou com dificuldades dentro e fora dos gramados, em consequência do rebaixamento da Raposa em 2019.
Ao todo, o atacante participou de 142 jogos oficiais pelo Cruzeiro, além de cinco amistosos, e marcou 54 gols.
